A Prefeitura de Curitiba apresentou na última quinta-feira, 19 de janeiro, a sua proposta para a criação do Vale do Pinhão. O objetivo é retomar a capacidade inovadora da cidade e aliar a cultura da inovação ao desenvolvimento social, em um núcleo que envolve diversos setores. Integrando o Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, universidades, órgãos públicos e instituições privadas, o Vale do Pinhão pretende ser o elo de ligação entre as instituições no desenvolvimento tecnológico da cidade.
O nome é uma alusão ao Vale do Silício. A ideia é criar facilitadores para unir uma região de Curitiba em que se concentram alguns dos principais campi universitários da cidade. A primeira ação será a implantação de uma ciclovia entre as faculdades que, vista no mapa, terá a forma de um pinhão – símbolo da capital paranaense.
Entre os campi, a prefeitura vai destinar o Moinho Rebouças – um prédio público atualmente ocupado pela Fundação Cultural de Curitiba – para ser um coworking público e incubador de startups. “Onde antes nós moíamos erva-mate para fazer chimarrão, agora vamos moer neurônios para fazer tecnologia da informação. Nós temos vontade de conseguir financiamento do BNDES, também de organismos internacionais, para esse grande projeto de geração de emprego para a mocidade”, disse o prefeito de Curitiba, Rafael Greca.
Para o presidente do Ippuc, Reginaldo Reinert, o Vale do Pinhão vem para integrar estruturas existentes com novos espaços. “O projeto vai integrar parques, universidades, locais de saber e cultura em um grande projeto readequação urbana”, afirmou.
“O projeto também vai aliar a revitalização dos espaços com a geração de emprego e renda. Curitiba vai retomar a capacidade de inovar, vamos juntar forças em ações de desenvolvimento tecnológico para todos”, ressaltou Tiago Francisco da Silva, presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento.