Lucilia Alencastro é graduada em arquitetura, com especialização em artes visuais e mestrado em comunicação e linguagens. Atua no mercado de Design Gráfico e Ilustração, além de ser docente dos cursos de Design e Arquitetura no Centro Universitário Curitiba.
Lucilia foi uma das vencedoras do concurso The Moyo Design Brief, da revista Moyo Magazine, veículo de comunicação especializado em design de superfície. (Saiba mais em https://makeitindesign.com/moyo-magazine)
www.designdesuperficie.com.br www.lucilia.art.br
O Centro Brasil Design conversou com a professora Lucilia sobre a premiação.
De onde surgiu a oportunidade de participar desse concurso?
No curso de Design Gráfico em que leciono já trabalho com desenvolvimento de estampas, há algum tempo, na disciplina de Composição Gráfica, e, como fiquei apaixonada pelo assunto desde o primeiro contato, tenho pesquisado quase que diariamente sobre estamparia e design de superfície. Venho acompanhando os trabalhos dos grandes nomes brasileiros, como Renata Rubim, Evelise Ruthschilling, Renata Teixeira de Freitas, Walter Campelo, Daniela Brum e outros e estou sempre procurando informações, livros, revistas e portfolios nacionais e internacionais. Foi assim que encontrei a Moyo Magazine. Enviei minhas estampas para o concurso “The Moyo Design Brief” e elas foram escolhidas como vencedoras! A revista é digital e esse concurso está disponível a cada número. Sempre um desafio interessante para quem deseja produzir um portfolio e treinar sua criatividade.
Você pode explicar as estampas? O que representam? Qual sua inspiração para cada uma?
O briefing:“The Object Obsession” trazia a referência de trabalhos de Beth Kempton, (editora da revista) feitos em um workshop com a artista Philippa Stanton, que fotografa objetos do cotidiano, cuidadosamente organizados em maravilhosas composições visuais. Como eu gostei do Briefing, acabei me empolgando e produzi dois conjuntos de estampas. Para o primeiro conjunto, escolhi algumas bijouterias em imagens digitais e juntei todas escolhendo pelas formas e cores. Para o segundo conjunto, que foi escolhido vencedor, eu mesma produzi as imagens com coisas que tenho sobre a mesa: um livro, uma Iemanjá azul, lápis de cores, tubos de tinta e outras coisas que fui juntando em muitas fotos. Também trabalhei manualmente fazendo manchas de tinta e desenhos dos objetos. Depois fiz as montagens digitais. Várias! até gostar dos resultados! Então, penso que a estatueta da Iemanjá, junto com uma trena de arquiteto e um livro de artes tenha sido uma mistura tão inusitada que chamou atenção.
Essas estampas já saíram ou vão sair do papel? Qual é a ideia?
Ainda não foram comercializadas. Acho que ficarão boas para capas de agendas, afinal isso também estava no briefing…
Para você, qual a importância de ter esse reconhecimento internacional?
Achei muito bom! Uma grande motivação para aprofundar minhas pesquisas! A área de Design de Superfície vem se desenvolvendo bastante no Brasil e tem muita coisa a ser explorada. Não apenas estampas, mas todo o estudo sobre superfícies. É tudo muito interessante, desde a repetição de um módulo plano até a geração de uma forma tridimensional constituída por um padrão simples. Desde um tecido de moda até um revestimento antiderrapante.
O prêmio foi também um incentivo a todos os meus alunos! Espero que eles também enviem seus projetos, participem de concursos e continuem produzindo suas estampas mesmo depois que terminarem os trabalhos obrigatórios.